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Enemy Front: testamos o FPS que dá uma nova cara à Segunda Guerra Mundial

Enemy Front finalmente se tornou realidade. Anunciado em 2011, cancelado em 2012, refeito por inteiro em 2013, ganhou uma data de lançamento definida para 2014, assim como preço, plataforma e proposta. E foi em um evento da Namco Bandai que o TechTudo teve a chance de testar esse sobrevivente das antigas. O resultado foi uma agradabilíssima surpresa, bem em no meio do caminho entre Far Cry 3 e os primeiros Medal of Honor. Confira nossas impressões:
Apesar de tratar da Segunda Guerra, Enemy Front faz uma escolha consciente pelo uso de cores intensas e efeitos exagerados (Foto: Divulgação/Namco Bandai)Apesar de tratar da Segunda Guerra, Enemy Front faz uma escolha consciente pelo uso de cores intensas e efeitos exagerados (Foto: Divulgação/Namco Bandai)
Enemy Front reacende a antiga obsessão de estúdio de jogos em primeiro pessoa ao abordar a adormecida Segunda Guerra Mundial, mas o faz com estilo: em vez de precisão histórica e visual mal-humorado, tenta contar uma história divertida com cores vívidas e frases de efeito. O impacto inicial é inegável: um vinhedo no interior da França, cheio de folhas, flores e frutos, é o palco de um intenso tiroteio, e você como jogador precisa dividir seu tempo entre mandar bala e apreciar a paisagem saída de um quadro impressionista.
É difícil expressar o estranhamento em ver um jogo com um tema sério desses explorando cores e forma sem medo, mas funciona. E o resto dos elementos visuais – iluminação, geometria, detalhamento do cenário – segue por inteiro esta filosofia de aprumo, de excesso. A desarmonia é verdadeiramente inovadora, e o uso da CryEngine 3 revela-se uma excelente escolha.
Naturalmente, existem os cenários que lembram mais os jogos de Segunda Guerra aos quais estamos acostumados. Um outro estágio, retratando o Levante de Varsóvia, abusa do preto, do cinza e do vermelho, mas nunca se deixa levar por gráficos desbotados – sempre há algum excesso, seja ele visual ou narrativo.
O enredo em si é incomum, trocando os “soldados tentando salvar o mundo” por algo mais aberto a desvios criativos: o jogador assume o papel do correspondente de guerra americano Robert Hawkins, que luta lado a lado com a Resistência em ambientes que vão da França à Alemanha, passando por Noruega e outros. Apesar de se aterem a delineamento histórico da época, o estúdio City Interactive diz que pretende construir uma experiência na linha de “Bastardos Inglórios”, com muito estilo, momentos de loucura e risadas.
Mesmo os cenários mais rabugentos têm efeitos e diálogos dignos de um filme de Tarantino (Foto: Divulgação/Namco Bandai)Mesmo os cenários mais rabugentos têm efeitos e diálogos dignos de um filme de Tarantino (Foto: Divulgação/Namco Bandai)
No quesito jogabilidade, o jogo tenta também se diferenciar ao substituir as fases lineares carregadas de ações pré-programadas por grandes campos de batalha sem barreiras óbvias, muito na linha de Far Cry 3.
As arenas abrem possibilidades táticas interessantes: o jogador pode usar de táticas de combate direto, de furtividade, de sabotagem ou pode se comportar como um atirador de elite, nesse último caso, foram ressuscitadas as mecânicas de bullet time e interferência de vento de Sniper: Ghost Warrior, também da City. Todas são opções viáveis, e a Inteligência Artificial do jogo foi costurada para isso. Mais interessante, o jogo conta com cenários destrutíveis, e que afetam o desenrolar dos combates.
A dificuldade é outro fator interessante. Como manda a moda atual, a vida sofre regeneração, mas os inimigos poderão te botar no caixão com apenas uma bala, dependendo da região atingida. A mesma dicotomia se aplica à mecânica de furtividade, que segue a moda de Metal Gear: passe despercebido e você poderá eliminar um guarda por vez, mas basta que uma pessoa te veja, ou que um corpo seja localizado, para que o posto entre em alerta total por período prolongado. A melhor parte: eles nunca mais voltarão a relaxar (como um ser humano provido de razão, no mesmo cenário, faria). Entrar descendo bala pode até funcionar, mas as consequências serão graves.
Os efeitos de explosão, sangue e demolição exagerados são parte intencional da experiência do jogo (Foto: Divulgação/Namco Bandai)Os efeitos de explosão, sangue e demolição exagerados são parte intencional da experiência do jogo (Foto: Divulgação/Namco Bandai)
O jogo será dividido em duas seções: a campanha single player terá uma duração total de cerca de 10 horas divididas em 12 missões, segundo a City, e o modo online suportará até 12 pessoas por partida. O multiplayer já tem confirmado três tipos de partidas: deathmatch simples, deathmatch em equipe e um modo de dominação de bandeiras chamado “Freedom Fighter”.
Apesar de ainda não ter data exata definida, sabe-se que ele será lançado no continente americano no segundo trimestre deste ano, para PC, PS3 e Xbox 360. Seu preço final será curioso: US$40, mais caro que os jogos casuais mas bem abaixo dos grandes lançamento. Nós recomendamos a quem tiver um bom PC, no entanto, que opte por esta versão, pois ela tem sinceros ganhos visuais.

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