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LEGO The Hobbit: o novo game foi testado; confira algumas impressões

Lego The Hobbit demorou um pouco, mas a Lego viu a oportunidade: assim como fizeram com a franquia O Senhor dos Anéis, perceberam que poderiam fazer outro game baseado em blocos de montar com o prelúdio mais famoso da literatura ficcional. O TechTudo teve a chance de testar o mais novo produto digital da marca, e não há outra forma de expressar o choque: às vezes, mais é, de fato, menos. Veja as nossas primeiras impressões sobre o game:
Lego The Hobbit (Foto: Divulgação)Lego The Hobbit (Foto: Divulgação)

O melhor dessa geração
Dando um passo para trás, no entanto, o jogo é impressionante do ponto de vista técnico, com tanto ou mais aprumo visual que o recente Lego Marvel Super Heroes. Logo no menu principal, isso é notável, com uma riquíssima encenação do primeiro filme ao fundo, brincadeiras com planos focais e um sentimento de familiaridade aconchegante com a franquia Hobbit. Não há dúvidas, esta é a melhor representação possível do universo de Tolkien com blocos de montar. O fato de o jogo ter legendas em português do Brasil ajuda muito, também.
A parte sonora acompanha essa onda nostálgica, tirando quase todo o material direto dos filmes. Assim, as músicas não são nada menos que fantásticas, com composições orquestradas aventurosas, divertidas e épicas se alternando conforme o momento. Efeitos sonoros, também retirados do filme, são uma outra história: por serem realistas demais num universo de brinquedo, acabam passando uma sensação de paródia para a coisa toda.
O demo em si reencena o miolo do primeiro filme, no covil do Rei Goblin, em que o grupo de anões começa encurralado na praça real e engaja uma fuga espirituosa com a ajuda de Gandalf. Há algo de muito estranho em ver, sobrepostos, os diálogos do filme com bonecos de plástico falantes, pois enquanto os primeiros são sérios e épicos, os segundos são, bem… blocos de montar. Bonecos falantes se tornaram norma já em games anteriores, mas neste caso a combinação é especialmente estranha.
Com tantos protagonistas, o jogo acaba se tornando inapropriadamente exigente (Foto: Divulgação/Lego)Com tantos protagonistas, o jogo acaba se tornando inapropriadamente exigente (Foto: Divulgação/Lego)
Além da pancadaria típica dos jogos da Lego, o jogo baseado em O Hobbit tenta se diferenciar de seus antecessores por três vias. Primeiro, tem mais de uma dezena de protagonistas, todos alternando o centro do palco ao longo do jogo. Segundo, tenta inovar ao aumentar de forma notável a complexidade dos cenários, que apresentam mais desafios e puzzles ao jogador que em qualquer jogo anterior da série.
Terceiro e mais estranho, é o novo modo de construção de objetos, que dá um tempo para o jogador identificar as peças corretas de cada estrutura que precisa para progredir em um determinado ponto da fase.
Toda essa inovação é equilibrada por elementos já estabelecidos dos jogos Lego, como o desafio de acumular peças, as mecânicas do gênero action adventure e os inúmeros bonecos disponíveis para seleção, que vão se destravando ao longo das fases e sugerem uma enorme oportunidade de retorno a níveis anteriores para a descoberta de segredos. Nesse sentido, qualquer jogador habituado com os bonecos de cabeça amarela vão se sentir em casa.
O pior da próxima
A dublagem dramática de Gandalf em conjunto com o visual infantil causa certo estranhamento, a principio (Foto: Divulgação/Lego)A dublagem dramática de Gandalf em conjunto com o visual infantil causa certo estranhamento, a principio (Foto: Divulgação/Lego)
Por tudo o que fez certo, contudo, Lego The Hobbit acaba se provando uma experiência arrastada, e tudo por conta de tentar fazer coisas demais. De cara, o jogo apresenta um contraste feio ao ensaiar grandes cenários e efeitos especiais com hardware ultrapassado, que acaba tragicamente em baixa resolução (os 720p são notáveis) e pixelização. Isso não é melhorado pelas quedas eventuais na taxa de quadros, que tornam as cenas mais povoadas (que são muitas) momentos travados, com muita confusão visual.
Esse espírito se estende ao combate, que pega a fórmula bem estabelecida de Lego e a estufa com QTEs mal explicados, ações conjuntas, puzzles cooperativos, armas sem mira automática e combos que nunca são bem explicados. Literalmente, a primeira hora de jogo serve apenas para que o jogador entenda o que está acontecendo com o mapeamento de comandos, pois são tantos, e tão diversos, que precisariam de um longo tutorial para um mínimo de satisfação.
Alguns inclusive se confundem, com o mesmo botão sendo usado para golpes corpo a corpo rápidos e ativação de golpes a longa distância que exigem mira, outro botão definido para golpes fortes ou carregados, e armas desequilibradas que tornam alguns personagens invencíveis e outros inúteis.
O capricho no visual é muito prejudicado pelas limitações do X360 e do PS3 (Foto: Divulgação/Lego)O capricho no visual é muito prejudicado pelas limitações do X360 e do PS3 (Foto: Divulgação/Lego)
Falando em personagens existem muitos em tela. Muitos mesmo! Ainda que esta seja uma adaptação do livro, não seria necessário dar controle de todos ao mesmo tempo ao jogador, e muito menos diferenciar todos eles como numa partida caótica de Lost Vikings. Cada puzzle do jogo, que aparecem um atrás do outro, só pode ser resolvido por um ou dois personagens, e cada personagem carrega duas armas diferentes, cada uma com vários comandos.
Desvendar os puzzles se torna uma grande tarefa de tentativa e erro e desacelera o jogo dramaticamente. Para piorar, alguns puzzles ainda exigem a participação de dois personagens e adivinhe só, nem todos os bonecos disponíveis servem para cada posição, e nem todo puzzle envolve apertar o mesmo botão no mesmo tipo de lugar. O resultado é uma jogabilidade atravancada, que tenta imitar o filme com todas as forças e acaba virando uma grande bagunça.
Mesmo os cenários carregam esse capricho excessivo num nível prejudicial, mostrando muitos caminhos alternativos que na verdade são apenas parte da decoração, ou pequenas interações que se tornam complicadas. Tudo isso, certamente, só não é mais frustrante que a grande quantidade de barreiras invisíveis espalhadas pelo game de forma arbitrária, evidenciando a tentativa de criar um cenário grandioso e aberto onde há na verdade apenas corredores. Tudo é muito confuso.
Muito cacique pra pouco índio
Lego The Hobbit é a evidência de seu momento, uma mistura de mentalidades da antiga e da nova geração em que o conflito fica óbvio. O jogo sofre de um mal de ambição, tentando muito com poucos recursos.
E isso não aplica apenas ao visual serrilhado ou às quedas na taxa de quadros que se espalham pela experiência de Lego The Hobbit, mas em sua própria essência, que tenta de tudo um pouco de forma apressada. Ainda que seja possível relevar alguns desses problemas como se partes de um demo em beta (à qual tivemos acesso), pouco deve mudar nos últimos instantes de produção.
Confira o trailer do game:

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